Sabe quando você volta no tempo e relembra de tudo com a pessoa do seu lado. Talvez essa seja a saudade mais gostosa de se lembrar. Os detalhes do acontecimentos, as datas que se passaram. Momentos únicos, que jamais voltarão, mas ficaram gravados e selados no coração. Nada pode comparar tentar juntar os dias, as horas, os acontecimentos, as alegrias, as incertezas e depois se divertir com tudo. Sim, precisamos nos alegrar até com as coisas ruins, afinal elas já passaram e nós sobrevivemos. Saudade com vírgula, é a nossa. Houve até o tempo da reticência, mas nunca do ponto final. Pequenos instantes que viraram grandes momentos. Do tempo do esconde esconde que você sempre descobria aonde eu estava. Meu perfume dava os sinais, do cheiro que você já conhecia. Sinto saudade da história de nós dois e sei que você também sente. Afinal, estamos aqui. Muitas músicas embalaram esse romance, muitos segredos desvendados, confidências, dores também nos uniram. E teve um tempo que tudo passou, estávamos livres para parar de olhar. Podíamos beijar, abraçar e viver oque não podia. Depois de tudo, veio o tempo da calmaria, onde os dias eram coloridos enfeitados pelos nossos sorrisos. Antes de tudo, fomos amigos e aprendemos a trocar olhares sem palavras. Fazer carinho sem tocar, entender o limite da paixão e conservar como vinho envelhecido o amor que saltava dentro de nós. Viva, o tempo da saudade que passou. Viva, o tempo da saudade que ainda virá.
sábado, 3 de maio de 2014
Onde está sua motivação?
Na época em que era estudante de Psicologia, me identifiquei muito com a Psicologia Social. Tinha uma professora motivadora e eu a admirava por isso, foi então que comecei a me destacar nessa disciplina. Próximo a época de estagiar surgiu uma seleção numa grande empresa e eu fui, para minha felicidade fui a escolhida. Era hora de atuar em Recursos Humanos. Mudei completamente o rumo por força das circunstâncias, afinal, um estágio remunerado não se dispensa assim. Comecei a trabalhar com muita motivação, aprendi tudo que podia aprender: a recrutar, selecionar, treinar, fazer programas e acompanhamento no local de trabalho dos funcionários. Foi um tempo de muito aprendizado. Cheguei até a participar das reuniões de Cost Saving (redução de custos) e entrevista de desligamento, aquela que se faz com o funcionário que foi mandado embora, na intenção de melhorar e modificar algo que possivelmente tenha sido conduzido errado. Enfim, isso é quase um testemunho de trabalho, mas na verdade foi a maneira que encontrei para dizer algo de muita importância. Não seja rígido em suas decisões, as oportunidades surgem, mude o foco, pense diferente. Motivação: É o impulso interno que leva a ação. O estudo da motivação comporta a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações.
Não sou Psicóloga Social e nem Psicóloga do Trabalho, sou Psicóloga Clínica, mas essa condição eu explico em outro texto. O que me motivou a atuar nessa área?
Depressão x Suicídio.
Encontramos cada vez mais pessoas trancadas em seus quartos ¨vítimas¨da depressão. Bem, eu não vou falar de depressão, mas o assunto muito me preocupa. Existe uma estimativa que diz que em 2020, essa será a segunda doença mais comum, perdendo somente pra a isquemia e doenças vasculares. Enfim, mas o alerta vai para o suicídio gerado por essa enfermidade. Dia desses recebi uma ligação de uma jovem de 34 anos precisando de tratamento. Depois de um tempo de conversa ela disse: ¨É que eu tentei me matar¨. Foi tão natural que me surpreendi, foi então que perguntei: O que você fez? Ela respondeu: Enrolei o fio de telefone no pescoço, na frente do meu marido. Continuei, o que ele fez? E ela: Tirou o fio e pronto. Meu Deus, que situação! E muitas vezes é assim, não se procura o psiquiatra , e a essas alturas nem tratamento psicológico. O curioso disso tudo é que até pode parecer uma manifestação histérica, no desejo de chamar a atenção, mas o pior pode acontecer. Engana-se quem pensa que quem tenta se matar não se mata. Mata sim! Olha, eu não estou falando isso à toa, conheço infinitos casos de pessoas que tentaram se matar inúmeras vezes, e se não anunciaram verbalmente, deram sinais claros da despedida. É porque nós não entendemos a linguagem não verbal, e passamos a ignorar certos gestos. Essa moça, certamente não se tratará, pois afirmou que só toma os remédios quando está em crise. É triste, mas é caso de internação. Às vezes tem certas medidas que devem ser tomadas de forma incisivas.
Eu nem sei porque estou voltando nesse tema da depressão, porém fica aqui a minha preocupação e um lembrete que deve ser anotado: Quem tenta se matar, um dia de fato, se mata. E quem está com depressão precisa ser medicado, acompanhado por um psiquiatra e um psicólogo. Não vamos banalizar a depressão e principalmente as tentativas de suicídio de quem está acometido por essa doença. Que sirva de alerta pra quem vive ou convive com esse problema. E também, para os que poderão adquirir ao longo da sua vida.
Consultório de Alberto Goldin
Revista O Globo de domingo, a qual eu particularmente sou fã. Especialmente da coluna do Alberto Goldin, psicanalista que recebe cartas de leitores que dividem situações de vida que geralmente os afligem. Alberto responde nos proporcionando o equivalente à uma sessão de terapia escrita. Goldin escreve de um jeito único, especial.
Na coluna de ontem uma leitora divide conosco seu sofrimento por ter se separado do marido há seis anos e estar presa à ele até hoje. Relata que eram um casal que não brigavam, mas tinham grandes conflitos. Nunca quis acreditar que de fato terminariam, portanto continuou vivendo na ilusão de que em breve voltariam a estar juntos. Nunca se separaram formalmente, nunca dividiram os seus bens, o que já nos mostra como não oficializaram esta separação. Com o não-dito da separação, Suely continua fantasiando que a relação voltará.
Com isto se mantém solteira e como sempre funcionou em dupla com seu parceiro, "a sua solidão pode ser considerada como uma forma mágica de produzir idêntica solidão no seu ex-marido". Até que toma consciência de que ele está vivendo agora com uma colega de trabalho, o que a deixa arrasada.
Goldin desenvolve nos mostrando como a evitação de conflitos, silenciados por vozes de crianças, colégios e festas infantis só os afastou mais ainda. Suely já estava sozinha e não sabia. "Antes o perdeu por planejar o futuro. Agora se prejudica reconstruindo o passado. Em síntese, Suely perdeu o presente, que, sem dúvida, é o tempo verbal mais importante, quase imprescindível."
Suely vive um luto eterno, num ritmo melancólico onde o mesmo filme se repete sempre. "O calendário da Suely não muda todos os dias, nem se esgota. Quando acaba, recomeça. Os calendários que repetem os dias contrariam a natureza, onde cada dia tem o curioso privilégio de ser igual e diferente do anterior. Quando Suely amar novamente, descobrirá que com os homens acontece a mesma coisa".
Transtorno Obsessivo Compulsivo
Boa noite! Hoje eu quero deixar um alerta para pessoas que são acometidas pelo transtorno obsessivo compulsivo ( toc). A grande preocupação está relacionada no quanto compromete a vida da pessoa como a das que estão em volta, como familiares por exemplo. Tive o cuidado de separar um material que possa despertar e quem sabe ajudar a alguém que não queira se revelar. A ideia é informar e ajudar, pois além de ser sério pode desenvolver outros novos transtornos por estar vinculado a ansiedade.
O caso clínico abaixo, é apenas uma amostra do que acontece no dia a dia de uma pessoa que tem toc. Refere-se a uma criança de 11 anos. Veja oque acontece com J, a inicial do nome do paciente.
Os rituais envolviam tarefas que J tinha que realizar como, por exemplo, ter que descer de sua cama beliche e ir até a cozinha pegar água e voltar ou ter que ir até a sala e arrumar todos os objetos de lá (controles remoto, almofadas e etc). Enquanto ele resistia em fazer as tarefas, era atormentado com pensamentos ruins e torturantes que o faziam acreditar que se não as fizesse sofreria com a morte de seus pais ou irmão. Esses pensamentos incessantes não o deixavam dormir. Depois de vencida esta etapa, novo ritual se fazia necessário para que J conseguisse finalmente pegar no sono. Ele precisava desta vez, dar boa noite em voz alta deitado em sua cama para todos os moradores de sua casa e precisava ser respondido por todos eles. Além disso, tinha que falar uma última frase de despedida que não podia ser respondida por ninguém. Suas palavras tinham que ser a última coisa a ser dita. Se algum membro da família falasse algo mais, J tinha que repetir sua longa saudação até que todos os requisitos estivessem atendidos para que ele finalmente pudesse dormir sem a ameaça assustadora da morte de um de seus familiares.
Importante lembrar que o uso de medicamento na infância e adolescência deve ser bem analisado. Neste caso, terapia de várias abordagens e antidepressivo.
Tenha fé!
Perca tudo na vida, mas nunca perca a sua fé. Ter fé é acreditar no que não se vê. É confiar no desconhecido. É caminhar sem medo na escuridão. Ter fé é acreditar que o impossível pode acontecer. É sentar na beira do precipício e apreciar o horizonte. É saber esperar o tempo das realizações. Quem tem fé agradece o dia seguinte antes da noite findar. Traça um objetivo e espera o tempo que for, sem desanimar. O olho é o limite do ser humano, já a fé é a liberdade total da alma. C. Wiken, disse essas palavras. E olha que curiosa essa interpretação que sugere superação no ato de fé. Verdadeiramente, a fé é um ato de persistência quando o obstáculo chega na frente e você sabe que terá que ultrapassar as pedras no caminho até chegar no seu destino. Antonie de Saint -Exupéry: ¨Disse a flor para o pequeno príncipe, é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas¨. Ter é fé independe de quanto de chance você tem, pois ela é movida pelo otimismo de que tudo dará certo. Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz! Mario Quintana. Poetizando ou não, a fé é ilimitada. Não existe barreiras que impedem uma pessoa encorajada a chegar onde planejou. É a imaginação colorida de uma realidade preto e branco. É a esperança renovada dia após dia. É o brilho penetrante de algo que ofuscou a vida. É a venda nos olhos que não impede de enxergar além. Uma pessoa invadida pela fé é diferente dos demais, seu problema já foi solucionado antes mesmo de existir . Ter fé para mim, é escolher ser vitorioso(a). É estampar um belo sorriso no rosto, antes da boa notícia chegar.
Assinar:
Postagens (Atom)