Pensando aqui de uma forma profunda e analisando alguns fatos, conclui que muitas vezes, antes de tudo, desistimos de nós mesmos. Não podemos ficar à margem desperdiçando os benefícios da vida. Faz parte do ser humano esperar um certo reconhecimento de outros, este na verdade é o princípio de tudo. Porém, no profundo de nossas almas isso destrói um coração já ferido ou cheio de expectativas do outro. Como se fosse uma espera incansável que nunca chega. Depender do outro ou melhor dizendo, de outros, é recolher o poder e autoridade que você mesmo tem e entregar na mão de alguém. Refém das respostas do outro, isso é desistir de você. Desistir no sentido de não mais acreditar nas suas possibilidades. De não mais se achar capaz de prosseguir se o outro não aprova, ou pior, não sinaliza aprovação. Desistir de si mesmo é sucumbir no auge da frustração de tanto que esperou. É rasgar, sangrar por dentro e permanecer vivo. Desistir de nós é ofuscar nossa beleza, apagar o brilho que um dia refletiu. Desistir de nós é parar a luta e deixar o outro conduzir aquilo que você não quer. Parece que não desistiu, mas já saiu desse cenário faz tempo, agora ocupa só um espaço físico. O emocional não está em você, dilacerou até seus bons pensamentos. Gostaria aqui de acrescentar uma passagem do filme( Rocky Balboa- 2007) que diz: ¨ Ninguém vai bater mais forte que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando, o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha¨. Então suportar é a arte do não desistir. Gandhi também disse uma frase sensacional para nunca pensarmos em desistir. ¨Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para vitória é o desejo de vencer¨. Não deixe jamais acontecer o que Clarice Lispector poetisa: ¨Então, e como sempre, era só depois de desistir das coisas desejadas que elas aconteciam¨. Pense nisso!