Existem pessoas que vivem armadas. Prontas a disparar a sua ira em quem quer que seja. Sempre na defensiva, seus braços supostamente travados, fechados à frente do corpo. A defesa pessoal é se proteger de tudo e de todos. Você conhece alguém assim? O seu interior extravasa medo. Medo de ser tocado(a) pela vida e machucado(a) como antes. Seu corpo tem uma crosta e não exala cheiro de liberdade. Perdeu o humor, a criatividade. Como não sabe mais como lidar, como reagir, desconta suas inseguranças em qualquer um. Assombrado(a) pelas pessoas, desconhece quase todas. Seu corpo dói, geme. Sentou no banco do carro e percorreu uma longa trajetória, conhecia muitos lugares, mas o gps das suas emoções não encontrou o caminho, se perdeu. Estava com defeito, voltou para o ponto de partida. Está encarcerado na mente, acorrentado, o seu coração sangra. Usa todos os tipos de armas, as mais pesadas carrega consigo, é perigoso(a) tocá-lo(a). Não fala nada, saia de perto, ele(a) pode explodir. Está armado(a) com uma bomba e potencial, pode ser fatal. Levanto a bandeira da paz, suas armas não me atingem. Vou te conceder um minuto de silêncio, pois sinto em te dizer: Quem morreu foi você. Se inspire na Fênix, ressurja das cinzas e fique leve sem armas. Vai ali, pegue um pouquinho de sensibilidade e siga. Acredite, essa força vem de você. Andam falando por aí, que felizes são os que promovem a paz. Vem comigo!
