quinta-feira, 24 de julho de 2014

Afinidade!

AFINIDADE

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
E o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro
retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto
no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo para o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos
verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois que
as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar
a um não afim, sai simples e claro diante
de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que impressionam comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento...

Afinidade é sentir com. Nem sentir contra,
nem sentir para, nem sentir por.
Quanta gente ama loucamente,
mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado,
não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando falar,
jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quanto das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que
parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser,
cada vez mais a expressão do outro sob a
forma ampliada do eu individual aprimorado.
Artur da Távola

Bondade se aprende!

A divisão que existe entre o bem e o mal pode se dissipar com uma atitude sua. O autocontrole é uma ferramenta capaz de determinar dentro de nós o que podemos ser. O querer só não é suficiente, mas com toda certeza vai te impulsionar para atitudes que farão toda diferença. Não adianta se desculpar no outro, somos donos de nossas escolhas. O caráter de cada um é algo muito pessoal e nada e nem ninguém poderá mudar com a motivação do outro. Então, que possamos aprender sobre bondade neste dia. Escolha devolver as ofensas com compreensão. Afinal, o ofensor deve estar precisando muito da sua atenção e carinho, mas ao se defender ele te ataca. Não devolva com a mesma moeda, pois o troco não servirá de nada. Não acrescenta nada nos igualarmos, nivelarmos ao ofensor. ¨Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz¨. Madre Teresa de Calcutá. Creio eu ter citado essa passagem em outro texto se não me falha a memória, porém ela se aplica com decência e ensinamento mais uma vez. ¨Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons¨. Sigmund Freud. Eu entendo essa citação como algo também importante, porque muitas vezes queremos ser bons, e acabamos por aplicar a bondade que achamos e não a que precisamos, que devemos. Como não lembrarmos que bondade sozinha não vale de nada. ¨Ser bom é fácil. Difícil é ser justo¨. Reflita nessa frase de Victor Hugo. Concluo aqui, com o um escrito de Mahatma Gandhi que diz: ¨Ensaia um sorriso, e oferece a quem não teve nenhum¨. Complemento sem medo de errar, ofereça o seu melhor a quem nunca se importou com você, pessoas são imprevisíveis, pode ser apenas uma dificuldade dela de reconhecer o seu valor. Pense nisso!