terça-feira, 27 de maio de 2014

As armadilhas do eu!


O ser humano é um ser completo e repleto de incógnitas. Questões a se decifrar todo o tempo. Não haveria armadilha se nós já soubéssemos o que estaria no caminho. Assim como o nosso interior, o exterior de uma estrada pode ser arborizada com verdes encantadores, como pode também ter areia movediça e buracos escondidos. A mesma caminhada que nos leva para lugares que almejamos estar, podemos seguir rumo a uma ribanceira sem fim.  Muitas vezes, esquecemos que somos reféns do que falamos e dizemos corriqueiramente por aí, mas podemos de repente mudar e entender que aquela verdade absoluta já não nos convém. É exatamente isso, usamos as palavras e situações para enfeitar o nosso ser. É como se estivéssemos abrindo o armário a procura da vestes que se ajusta ao nosso estado de ânimo. Quão insondáveis são nossos pensamentos quando é recheado de fantasias. Interpretar certas atitudes pode ser fácil, porque por si só, muitas vezes, elas próprias se condenam. Mas como ¨descobrir¨ o teor de um pensamento na mente de cada um? Em minutos o pensamento pode viajar para as mais longas e áridas situações, dependendo de como você está. Variamos do amor ao desamor. De forma enfática determinamos dentro de nós por onde seguiremos. Mas não se deixe enganar, o coração é enganoso e nem sempre somos avisados do real sentimento que nutrimos dentro dele. Não porque somos incoerentes, mas por sermos coniventes as nossas próprias vontades inconscientes. Aquelas tão sabiamente escondidas, protegida para não machucar.  Não adianta muito se policiar, de uma espontaneidade ímpar ele aparecerá nas mais inusitadas circunstâncias. Não sabemos onde, como e nem com quem. Mas certamente, num ímpeto, num momento menos esperado caímos na armadilha que nós mesmos fizemos e esquecemos. Um forma de boicote que não deixam que a mudança esperada por cada um aconteça, pelo conforto aparente da ¨doença¨( o que faz mal) , por algum ganho confortável que ela traz.  Um ex: A famosa dor de cabeça que te livra de tantas coisas que você não quer, melhor dizendo, não consegue. Um neurótico é aquele que passa metade da sua vida a pôr armadilhas e a outra metade a cair nelas. Jorge Bucay, disse isso.