quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A minha felicidade não é a sua!

Um assunto misterioso que não devemos ousar afirmar sem errar feio. Suposições à parte tema difícil de escrever. Numa linha tênue entre o vulnerável e o imprevisível mora a felicidade. Além da compreensão humana, habita na esfera da sensibilidade. E saber o que alguém sente é praticamente impossível.
A mente é o refletor diário dos nossos pensamentos( bons e ruins). Podemos reviver uma cena em tudo que a emoção representou, aqui e agora. Nutrindo lembranças que levam a sentimentos duvidosos. Enquanto a imaginação vai trazer vários questionamentos a respeito. Moral dessa história. Felicidade é um estado, uma sensação, que  mesmo que o outro diga, nunca poderá sentir o que você sente. Muito menos algo que possa ser visualizado ou interpretado. Não se mede felicidade pelo visor da interpretação alheia. Então o texto te garante que a felicidade pode ser algo muito particular. Os momentos felizes são quase sempre na intimidade, nas entrelinhas quando ninguém está nos vendo, sabe porque? Nessas horas você não precisa posar a estampa, porque quem sorri é a alma. ¨Só acho que as pessoas deveriam se preocupar mais com as coisas de dentro. O que tá fora, meu amigo, é completamente perecível.” — Clarissa Corrêa. Achei um trecho interessante demais para deixar de fora, que diz assim: ¨Uma mulher ouve a seguinte pergunta de um major: _"Por que você não é feliz como todo mundo?". A que ela responde mais ou menos assim: "Como o senhor ousa dizer que não sou feliz? O que o senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto quando ouço Vivaldi? E do que eu rio com meu filho? E por que mundos viajo quando leio Murilo Mendes? A sua felicidade, que eu respeito, não é minha, major". Bem que esse major poderia ter ficado quieto, não é mesmo? Será que ele acha que é o mais feliz do mundo, ou está equivocado? ¨E a infelicidade é aceita como parte do jogo - ninguém é tão feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades¨. Sejamos honestos, a felicidade não é um estado de completude, mas sim de preenchimento de uma parte. Encerro aqui com parte do texto primoroso de Martha Medeiros que nos leva a refletir profundamente, quando escreve: ¨Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos¨. Quer saber? Aparentemente, nada sabemos. Não se iludam com sorrisos ou lágrimas. Se impressione com o que você nunca viu. Pense nisso!