Assistindo o filme Truque de Mestre, me despertou escrever motivada por uma frase que muito me chamou atenção: ¨Quanto mais perto você olha menos você vê¨. Na mesma hora corri e escrevi a frase para falar sobre isso depois. Eu concordei de imediato, mas depois comecei a pensar mai. Me veio a mente situações que eu mesma passei e pude sentir a realidade dessas palavras. Não posso me detalhar, pois é assunto íntimo. Porém, confesso sem medo de errar que ampliei minha visão quando decidi assistir de longe certas coisas. A convivência diária e muito próxima confunde a nossa visão, porque a emoção pode falar mais alto e distorcer tudo. Situações que enfrentamos nos provoca um resultado tão imediato que pode ser confundido. Mas basta um pouco de distância física ou emocional para desembaçar a visão. Tal como uma lente que aumenta as letras embaralhadas. Dizem também por aí que o pior cego é aquele que não quer enxergar e quem sabe essa não seja nossa limitação? Não querer enxergar o que vai doer, o que vai machucar. São tantas as razões, que a própria razão desconhece. Basta entender que a nossa visão está de mãos dadas com o coração. Certamente que não vamos enxergar o que nos fere a alma e nos apresenta definitivamente o que não queremos ver. Por isso, nos autoavaliar é covardia, poucos são os que admitem suas reais falhas. A autoanálise é perigosa e duvidosa tamanha nossa incapacidade de enxergar o que acolhe ou desnuda nossa alma. ¨Não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira¨. Carlos Drummond de Andrade. E como não concluir com uma verdade tão pertinente, que diz: "Você pode fechar os seus olhos para as coisas que você não quer ver, mas não pode fechar os seu coração para as coisas que não quer sentir." William Shakespeare. E como não dar crédito ao que Albert Einstein falou: ¨Algo só é impossível até que alguém duvide ou prove o contrário. A maioria de nós prefere olhar para fora e não para dentro de si mesmo¨.
