segunda-feira, 14 de abril de 2014

Conflitos, conflitos...decisão!

Normalmente vivemos em conflitos, eles antecedem  uma decisão. São dúvidas ruminando e inquietando, a mente e o coração. Aprendi em Psicologia Social, ainda na faculdade, que não se toma atitude, assim como é comum falar, se tem uma atitude! Ter uma atitude é decidir sobre algo ou alguém. É escolher no meio de muitos ou de dois. Não importa a quantidade e sim a intensidade da dúvida que prende o não decidir. Ter atitude, é ter também maturidade, é escolher de verdade e ficar feliz com a escolha. Se você escolheu e ficou desejoso do que não escolheu, volta o conflito e por dentro lá no íntimo a indecisão. É uma complicação mesmo, mas tem jeito quer ver? Em Psicologia, chamamos de demanda. Essa demanda, como chamamos,  é o problema em si, aquilo que verdadeiramente incomoda a pessoa. Precisamos entender que não se decide nada em meio a dúvida. Na dúvida, é melhor esperar. Sejamos práticos, a decisão pode ser por uma vida, então não se precipite. Quem sabe alguém bem chegado ou um profissional te ajude a caminhar? Então, que tal, atentar para o que Sigmund Freud, falou. ¨Ao tomar uma decisão de menor importância, eu descobri que é sempre vantajoso considerar todos os prós e contras¨. Mas, me simpatizei muito com essa colocação: ¨Tomei a decisão de fingir que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos¨. René Descartes.  Enfim, conflitos nos levam a escolher algo, pois afinal necessitamos nos livrar da angústia por autodefesa. Se tá doendo, você tá sofrendo é preciso resolver. Que possamos  usar esse poder que nos capacita desde que nascemos. “Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.” Cora Coralina. Sensacional rsrs.

Amando as imperfeições!

O maior desafio que o ser humano pode viver é nas relações humanas. São através delas que nos conhecemos e conhecemos o outro. Em meio a turbulência, até mesmo da ausência , desperta em nós a necessidade de amar o próximo de maneira única e exclusiva. É preciso amar até as imperfeições para que algo de divino aconteça. Clarice Lispector foi tão gentil em dizer essas palavras que fiquei horas refletindo, pensa comigo: ¨Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente¨. Refletindo bem, ela está certa. De fato, depois de exaustivas tentativas não desistir de alguém é uma prova de amor, ou melhor, é uma prova de que ¨ama¨ suas imperfeições, que consegue tolerar seu jeito de ser. Se acomodar no seu bel prazer está longe de amar alguém, e tamanho egoísmo pode traduzir falta de amor próprio. Querer ser centro, significa estar à margem. Não precisa ficar na posição de alerta para ser notado(a), destaca-se quem menos chama à atenção. Ser detalhe, muitas vezes faz a diferença. Ser admirador de alguém, é admirar-se a si mesmo através do outro. Digo isso, porque se ficamos isolados, não atingimos a necessidade do outro e muito menos a nossa. O amor é um sentimento que quanto mais você dá, mais você tem. É uma fonte de água cristalina que lava alma, o coração. Que o amor prevaleça, que ele cresça. ¨Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca¨. Clarice Lispector. . Perde-se muito em não querer conhecer, quem sabe até decifrar aquela pessoa que não te dá acesso. Mas vale à pena tentar, penetrar nas inconstâncias, nos medos. Pessoas não devem ser desprezadas, devem ser alcançadas pelo poder do amor e da compreensão do incompreendido.

Pense nisso!