segunda-feira, 28 de março de 2016

Reaja delicadamente


Já é madrugada, mas decidi terminar o texto pra publicar. Espero que gostem. O maior indicador de que algo gerou um certo incomodo é a reação  provocada em você. Me lembro bem no inicio da faculdade, nas aulas de anatomia dentro do laboratório, onde ratinhos eram experimentados nos seus diversos estímulos. O princípio do estudo era comprovar que estimulando esses animais eles respondiam de alguma forma, porém repetindo o mesmo estímulo, o condicionava a responder sempre da mesma maneira. Eu não vou entrar no mérito do condicionamento, porquê condicionamento é uma forma de manipulação. Tal qual os ratinhos, os humanos. É  bem verdade,  que é após a reação que vamos entender a profundidade de uma situação. Quanto maior a indignação ou o silêncio profundo, maior o impacto emocional. Exatamente isso. Não há ser humano lúcido que não reaja com estupidez e nem outro tranquilo que não tenha seus momentos de desespero. Augusto Cury, disse isso. Há controvérsias na maneira polida e despretensiosa de um silêncio. Porém, ele pode gritar intensamente, numa revolta impossível de se escutar. Contudo, reagir é preciso. O indiferente, o sem emoção, o que não desperta nada em nós, beira ao total descaso. Nada muda e nada transforma, sem reação. Muitas vezes, não temos a menor noção de como somos emocionais nas nossas reações, necessitando quase sempre consultar a mente pra chegar num acordo.“Para toda angustiante interrogação, existe uma inesperada exclamação. Para toda vírgula que não te deixa ir adiante, existe um ponto final. Para toda reticência que dói para sempre, existe um novo parágrafo.” Caio Fernando Abreu. O que efetivamente conta não são as coisas que nos acontecem. Mas, sobretudo, a nossa reação frente a elas. Leonardo Boff - A águia e a galinha. Essa é uma grande verdade que precisa ser esclarecida. É algo tão individual que duas pessoas podem reagir diferente a um mesmo estímulo. Comandamos os nossos atos e não o de outros. No entanto, que possamos reagir aquilo que está dentro de nós, e não aquilo que lançam sobre nós. Não se deixe abater. A lucidez ainda é a melhor resposta. E para finalizar, não permita ser condicionado à espera do estímulo que fará você emitir as mesmas respostas. O óbvio nunca despertou ninguém. Reaja surpreendentemente seja lá quem for e comece a despertar em outros a sua melhor versão. Pense nisso, pratique isso!