segunda-feira, 28 de julho de 2014

Afinidade e Animosidade


Anteontem não me contive e publiquei no blog um texto muito bom do Arthur da Távola. Esse tema me despertou faz tempo, mas não passou de poucas linhas. Vou embalar meus pensamentos citando parte desse texto que praticamente é um conceito milimetricamente exagerado e decisivo, que diz: ¨A afinidade não é o mais brilhante mas o mais sutil, e delicado dos sentimentos. É o mais independente. Não importa o tempo, as distâncias, quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, afeto no exato ponto em que foi interrompido¨. Curioso, bonito e encantador. Trazendo para nossa vida desde de que nascemos até hoje, passaram pelas nossas vidas inúmeras pessoas que gostamos, amamos, mas que não tivemos afinidades. Essas pessoas podem ter parado pelo caminho ou talvez continue entre nós de forma rasa e descomprometedora. Ter afinidade é ter sintonia com as mesmas ideias, gostos e sentimentos característicos da outra pessoa. Pois bem, o perigo está em você se distanciar e até excluir pessoas por não ter a dita afinidade. Deixo aqui um alerta que serve para mim e para você. As pessoas mudam para melhor ou pior. Navegam em oceanos profundos. Mudam de ideias, pensamentos, atitudes e até de gosto. Não devemos criar animosidade com ninguém, que é exatamente o contrário de afinidade que flui naturalmente pela troca que se completa ou desperta prazer. É claro que preferimos ficar perto de quem se parece conosco, mas nunca se esqueça que as diferenças, a troca de opiniões e talvez uma suposta falta de afinidade, é apenas uma barreira que você mesmo(a) colocou para não se aproximar tão intimamente. Pode ser que intimidade seja a última palavra do seu dicionário quando falamos de pessoas, as razões eu não sei, os porquês muito menos, mas posso arriscar que você tenha muito medo de ter afinidade com essa ou aquela pessoa por motivos particulares e desconhecidos até de você mesmo. Somos muitas vezes os primeiros a impedir o novo em nossas vidas, nos conformando com os mesmos, não permitindo novidade alguma, tamanho o medo de sair da igualdade. Aparentemente, podemos ser várias coisas, até impressionar, mas é só depois de tentar algo mais profundo e íntimo é que de fato descobrimos as afinidades. Não feche o ciclo, deixa vir as possibilidades. Precisamos também saber lidar com a falta de afinidade.Pense nisso!