domingo, 6 de abril de 2014

Renúncia



Imagine ter que renunciar a coisas e situações. Tarefa bem difícil, né? Vamos entender essa palavrinha mágica até que nos convença a utilizá-la. Traduzindo, ou melhor definindo, renunciar é abandonar, desistir. No caso,  o que quero falar é  renúncia de coisas, maus hábitos em prol de outros. Sim, tem coisas que prejudicam mais ao outro do que a nós mesmos. Precisamos renunciar todo dia, abrir mão de reservas e medos. ¨É renunciando o conforto do ninho que o pássaro voa e se deleita com as amplas e maravilhosas paisagens da natureza,¨ disse C. Torres Pastorino. Estive pensando nisso com propriedade, imagina renunciar o nosso próprio eu, nossas vontades? Grande desafio! O verdadeiro exercício da paciência e tolerância, chama-se renuncia. Renuncia o pensamento, renuncia os maus momentos. A ideia é se esvaziar. Não é novidade que ao escolher algo, renunciamos outra. Renunciar a si mesmo, desapegar as convicções, ceder ao outro. Abra mão e antes de você fechar receberá em dobro. Shakespeare, disse: ¨Em nossas loucas tentativas, renunciamos ao que somos pelo que esperamos ser¨. Paulo Coelho, também disse algo curioso que vale à pena refletir:  ¨Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que seu caminho é o único¨.  Avaliando as entrelinhas dessa citação. Doendo ou renunciando, ou mesmo a renuncia com dor, confronta o próprio autor, então de nada adianta achar que uma  atitude diferente  livraria o tormento ou daria alívio. Cada um sabe quando renunciar é preciso.