terça-feira, 14 de outubro de 2014

O carro-chefe da vida, a afetividade!

Gostaria hoje de escrever algo que levasse a nos preocupar mais sobre nosso comportamento. É fato, que certos comportamentos denunciam a parte ¨podre¨ que não conseguimos nos livrar. Porém, tem certos comportamentos sutis e poucos chamativos que são tão danosos quanto o primeiro. Na esfera da psicopatologia, conhecemos o que é normal e patológico. Nesse contexto, iremos avaliar hoje a afetividade. Podemos adoecer e ter alterações de comportamento na percepção, representações, conceitos, juízos, raciocínio, memória, atenção, orientação, consciência, atividade voluntária, tendências vitais, linguagem e afetividade. Vamos conhecer então o conceito: A afetividade é a capacidade de experimentar sentimentos e emoções. A afetividade compreende o estado de ânimo e humor, os sentimentos, as emoções e as paixões. Há que devemos estar atentos? É considerado estado afetivo, as alegrias, tristezas, angústias, desespero, bem estar e felicidade. Elas dependem inteiramente das circunstâncias pessoais da vida, dos desejos e principalmente da saúde física da pessoa. Não podemos esquecer jamais que qualquer alteração neurológica ou biológica podem interferir diretamente no psicológico e vice-versa. Podemos afirmar que o afeto surge nos primeiros contatos que temos, geralmente no ambiente familiar. Os laços se iniciam nesse ambiente, normalmente. Esse afeto vai se desenvolver com o ambiente e estímulos. É a capacidade que cada um terá de experimentar  esse conjunto de afetos. Os psicólogos são categóricos em dizer que a afetividade é crucial no processo de aprendizagem, logo, revelamos nossos afetos não só como sentimentos, mas como atitudes também. Um deve caminhar ao lado do outro. Se existe uma via de mão dupla, algo de muito errado pode estar havendo com essa pessoa na organização dos seus afetos.  Mesmo que isso possa ser verdade, é preciso investigar os fatos, resolver o problema e não se enveredar pela emoção do momento.  Este é só um exemplo, mas existem tantos outros comparados a esse que trará sérios danos. O que o texto alerta é a necessidade de esclarecer  que certos comportamentos devem ser observados e  se aproximar da normalidade, o que fugir disso deve ser pelo menos questionado. Entenda que isso não é uma forma de exclusão, e sim uma maneira inteligente de querer entender as limitações do outro. Podemos conviver com diversos transtornos e convivemos com certeza sem saber. Porém, a saúde mental e física devem estar sempre em 1° lugar. Clarice Lispector faz um alerta quando diz: ¨Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas vulneráveis, amáveis que explodem na emoção, acolha-me¨. Nesse  momento ela se coloca no lugar de cada um de nós, como se tivesse pedindo ajuda na sua própria dificuldade. Assim como ela, somos nós, o que vai diferenciar é a intensidade e frequência que isso acontece. ¨Não somos responsáveis pelas emoções e sim o que fazemos com ela¨, afirma Jorge Bucay.  Robert Musil lançou essa frase: ¨ Tudo que se pensa ou é afeto ou aversão¨. E porque não finalizar poetizando com Mario Quintana: 
¨A vida fica  muito mais fácil se a gente sabe aonde fica os beijos que precisamos¨.