segunda-feira, 14 de abril de 2014

Amando as imperfeições!

O maior desafio que o ser humano pode viver é nas relações humanas. São através delas que nos conhecemos e conhecemos o outro. Em meio a turbulência, até mesmo da ausência , desperta em nós a necessidade de amar o próximo de maneira única e exclusiva. É preciso amar até as imperfeições para que algo de divino aconteça. Clarice Lispector foi tão gentil em dizer essas palavras que fiquei horas refletindo, pensa comigo: ¨Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente¨. Refletindo bem, ela está certa. De fato, depois de exaustivas tentativas não desistir de alguém é uma prova de amor, ou melhor, é uma prova de que ¨ama¨ suas imperfeições, que consegue tolerar seu jeito de ser. Se acomodar no seu bel prazer está longe de amar alguém, e tamanho egoísmo pode traduzir falta de amor próprio. Querer ser centro, significa estar à margem. Não precisa ficar na posição de alerta para ser notado(a), destaca-se quem menos chama à atenção. Ser detalhe, muitas vezes faz a diferença. Ser admirador de alguém, é admirar-se a si mesmo através do outro. Digo isso, porque se ficamos isolados, não atingimos a necessidade do outro e muito menos a nossa. O amor é um sentimento que quanto mais você dá, mais você tem. É uma fonte de água cristalina que lava alma, o coração. Que o amor prevaleça, que ele cresça. ¨Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca¨. Clarice Lispector. . Perde-se muito em não querer conhecer, quem sabe até decifrar aquela pessoa que não te dá acesso. Mas vale à pena tentar, penetrar nas inconstâncias, nos medos. Pessoas não devem ser desprezadas, devem ser alcançadas pelo poder do amor e da compreensão do incompreendido.

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