sexta-feira, 4 de abril de 2014

Somos todos doentes?


Hoje vou falar de um assunto que pode nos causar estranheza no início, mas depois começamos a perceber que de fato, essa é a realidade. Somos todos doentes?
Há um tempo atrás assistindo o Programa da Ana Maria Braga, estava no café da manhã para uma entrevista, a atriz Eliane Giardini, uma mulher muito inteligente que prendeu a minha atenção principalmente quando ela contou a respeito do seu relacionamento com Murilo Benício, que na época da novela Avenida Brasil, fez o papel de seu filho. Ele conhecido como Tufão e ela como Muricy, vocês lembram? Foi então que ela contou: Eu já contracenei em diversas oportunidades com o ator Murilo Benício, mas nós não tínhamos muita aproximação, eu na verdade achava que ele possivelmente nem gostasse de mim, afinal SOMOS DOENTINHOS. Opa, liguei o alerta e atenta na explicação, ela continuou. Depois da novela, como eu fazia papel de mãe, fatalmente estávamos sempre juntos em cena para gravar, foi aí que ele se aproximou e eu tive coragem de perguntar porque ele era tão distante e ele respondeu que tinha muito respeito e admiração por mim, por isso acontecia a distância, foi quando sabiamente ela disse: Eh, nós somos doentinhos, né? ( risos). Bom, aonde que eu quero chegar com isso? Eu digo: Ela está certa. Quantas vezes nos aproximamos e nos afastamos de pessoas por deduções nunca desfeitas, que geralmente desperta para o lado negativo. Verdadeiramente somos doentinhos, reféns das nossas próprias inseguranças e carências, refletindo no outro a nossa incapacidade de administrar os nossos conflitos mais banais. A questão é , que ele poderia até nem gostar dela, assim como acontece com qualquer mortal, mas o incomodo que isso trás é que vai dizer o quanto somos ou estamos doentes. Isso em Psicologia chama-se demanda, ou seja, a questão é do outro, não sua, mas se você pega para você passa a ser sua, certo? Para a psicanálise, entretanto, sintoma não é simplesmente uma patologia, é também e principalmente, a forma com a qual nos apresentamos para o mundo. Sendo assim, nossos sintomas, os mesmos que às vezes nos atormentam, também falam de nós. (…) Clarice Lispector, de maneira mais poética, escreveu: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro". Enfim, só mesmo catando a entrevista para assistir na íntegra, mas posso garantir que apesar das palavras não estarem exatas em seu conteúdo, a ideia era passar a história de uma forma que vocês entendessem. Espero que tenha sido proveitoso e nos desperte a reflexão para identificar o que é nosso e o que é do outro. O desapego emocional passa pelas vias das dores e nem sempre é fácil, mas é o único caminho que nos leva a cura, ou melhor, menos ¨ DOENTINHOS¨. Dia de refletir e aprender a viver sem os pesos que nos atrasa. Pense nisso!

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