Cuidado frágil!

De volta a labuta, vamos exercitar a leitura, rsrsrs. Tem dia que se pudéssemos colocaríamos uma plaquinha escrito: Cuidado, frágil! Ah, esse é o tema de hoje. De preferência que todos pudessem ver e que também tivessem ali escrito todas as recomendações. Talvez quem sabe do tipo: não me magoe, não me aborreça ou não me entristeça. Eh, não podemos fazer isso, estamos mal e tudo que nos resta a fazer é disfarçar a nossa dor. ¨Fingir¨ que está tudo bem e seguir em frente. Afinal, o mundo não para e a vida continua apesar de. É como se nós ficássemos ¨fora do ar¨, submersos em nossos pensamentos, nostálgicos de nosso ser. Talvez questionando a vida, relembrando momentos, com saudade até do que nunca fez. Enfim, tem dias que estamos assim. Uma introspecção pessoal. Um reflexo da exaustão de nós mesmos. Um silêncio que grita sem ninguém ouvir. A bagagem pesa, mas não tem onde descarregar e tudo que você deseja é que esse dia acabe voando. No dia seguinte, você acorda timidamente e de repente você vê que tudo passou. Fiquem tranquilos, isso não é bipolaridade (instabilidade de humor), nem personalidade borderline, nem depressão. Simplesmente, somos seres humanos e tem dias que acordamos frágeis. Bartolomeu Campos de Queirós disse algo que certamente serve para todos nós: ¨Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o bastante para uma palavra me ressuscitar¨. A nossa complexidade é a tradução da nossa fragilidade. Carlos Drummond de Andrade, sabiamente nos conforta dizendo: ¨Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam¨. “Apesar das minhas fragilidades, avanço.” Lya Luft. Exatamente isso. E para finalizar encontrei esse trecho. "Às vezes me sinto tão frágil, mas não transpareço, disfarço. Às vezes me falta um pedaço, eu tô por um fio, partido em cacos". Poeticamente falando é lindo, mas na prática dá medo, não é mesmo? Um abraço, com cuidado se estiver frágil!