Tentei fugir desse tema, mas tem algo me incomodando para eu falar sobre isso, tamanha é minha inquietude. Assistindo um vídeo ontem do Padre Fábio de Melo, fiquei atônita, surpresa, emocionada, e acima de tudo chacoalhada com as palavras suaves desse homem ( padre). Eu, com certeza, não saberei explicar suas exatas palavras, mas uma parte me chamou atenção quando ele disse: ¨Às vezes você pensa que uma pessoa gosta de você, porém ela está tão somente usufruindo do que você pode oferecê-la, ou seja, a sua utilidade¨. Meu Deus, nunca pensei nisso...chocada! E ele fala que espera que quando ele não for ¨útil¨, que alguém possa colocar sua cadeira ao sol, mas que anseia que alguém também tire. Todos riem...realidade nua e crua. Complementa dizendo que a verdadeira demonstração de amor é na inutilidade, e mansamente pergunta: ¨Quem pode ficar inútil para você? Sem que você sinta vontade de jogá-lo fora. Só vai ficar até o fim aquele que depois da nossa inutilidade descobrir o nosso significado¨. Neste caso. ele se refere a velhice, mas eu aproveito para estender também as nossas limitações, ¨a inutilidade¨ da mente. Onde a tolerância precise ser o carro chefe. Pessoas são descartadas, nas suas impossibilidades, imagina nas inutilidades? Um alerta a todos, pois estamos sujeitos a ser desprezados por qualquer um, em qualquer momento de nossa vida. Não é preciso envelhecer para temer que precisamos da tranquilidade de ser inútil sem perder o valor. Ele encerra dizendo: ¨Feliz daquele que tem ao fim da vida a graça de ser olhado nos olhos e ouvir a fala que diz¨: ¨Você não serve para nada, mas eu não sei viver sem você¨. Na hora em que forem embora as suas utilidades, você saberá o quanto é amado! Pense nisso!
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