segunda-feira, 16 de junho de 2014

Não tenha pressa!


É preciso cautela para ver e ouvir palavras jamais dita. Sou dessas, não gosto de nada apressado. Meus pensamentos são inquietos e por isso escrevo. É um dom que procuro explorar em prol de outros. Então vamos, porque falar de mim não é a questão. 
Não tenhamos pressa para nada. Literalmente a pressa é inimiga da perfeição. Mas a perfeição que me refiro talvez não seja a mesma que a frase quer dizer. Me refiro a dar atenção e estar inteiro com excelência, digamos. Falo de pessoas e não de coisas. Falo de afeto e não de resultados. E hoje me veio um pensamento que me pergunta: Quanto tempo eu tenho com você? Sim, estou falando de morte. Nós nunca sabemos qual será a última vez. Dia desses eu falei com meu cunhado por telefone dois dias antes dele falecer. Ele hospitalizado e eu falando como se pudesse revê-lo pessoalmente em breve. Isto não aconteceu, mas deixou em mim um sentimento de despedida. Não vou falar de despedida, pois isso já falei em outro texto. Vou falar do valor que damos em estar com alguém. Muitas vezes, me pego com esse pensamento: ¨Será essa a última vez¨. No mesmo instante eu penso: Então, que seja o melhor. Essa tem sido minha ¨preocupação¨ diária. Venho aqui lançar uma proposta, talvez um desafio. Por onde quer que passe deixe sua marca. Olhe nos olhos, dê atenção, afeto, esteja disponível. Não adianta estar de corpo presente e distante do coração. ¨Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la intensamente¨. Augusto Cury. ¨Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa...a vida é tão rara¨. Lenine. ¨Ando devagar porque já tive pressa, E levo esse sorriso, porque já chorei demais. Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe, Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou Nada sei. Cada um de nós compõe a sua historia, cada ser em si. Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz¨. Almir Sater cantou essa canção que poetiza todo nosso ser. É devagar, é com o tempo que as coisas se ajeitam ou desajeitam de vez. Então deixe de pressa, senão você sempre esquecerá o que nunca viu. Eu fico com uma dica grandiosa de Dostoiévki, que diz: ¨Para se conhecer qualquer pessoa é preciso ir se chegando a ela devagar e com cautela, para evitar equívoco e preconceito, coisas bem difíceis de corrigir e reparar depois¨.

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